A piscina

Jean-Paul e Marianne passam férias em uma casa em Saint-Tropez. O casal fica o dia na piscina, a câmera percorre os corpos bronzeados de Jean-Paul e Mariane, cada frame do filme exala sensualidade. Quando Harry chega à casa, acompanhado de sua filha adolescente Penélope, a trama caminha para um perigoso jogo erótico, com consequências imprevisíveis.

“Na primeira parte do filme, predomina um aspecto solar, com cenas ao ar livre em que os personagens guardam suas inquietações e, como estão de férias, deixam para depois a resolução dos problemas. Na segunda parte, que tem início numa cena noturna, durante a festa em que um grupo invade com alarido o espaço doméstico, instaura-se um desequilíbrio, a irritação aflora no comportamento dos personagens e o filme segue outro ritmo, progressivamente agressivo.” – Cássio Starling Carlos.

A piscina representa o tradicional cinema de gênero policial francês. A exemplo de O sol por testemunha (1960), também com Alain Delon, as tórridas e belas imagens da França litorânea ditam o ritmo do filme, determinando o comportamento dos personagens. Em depoimento nos extras do DVD, o roteirista Jean-Claude Carrière diz que o desafio neste filme com basicamente quatro personagens foi evitar os diálogos excessivos e deixar a câmera traduzir a tensão.

A piscina (La piscine, França/Itália, 1969), de Jacques Deray. Com Alain Delon (Jean-Paul), Romy Schneider (Marianne), Maurice Ronet (Harry), Jane Birkin (Pénélope).

Referência: Coleção Folha Grandes Astros do CinemaAlain Delon (em) A piscina. Cássio Starling Carlos. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2014.

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