Mulher tentada

A cinematografia italiana tem forte tradição no melodrama, cujas tramas se amparam no conservadorismo da sociedade durante os anos fascistas. É o caso de Mulher tentada

Rosa vive dias felizes ao lado do marido e seus dois filhos, as crianças Anna e Tonino. Guglielmo, marido de Rosa, é mecânico de uma cidade litorânea na Itália. Um dia, um viajante chega na sua oficina, seu carro queimou a bobina, ele tem pressa, não pode perder tempo para chegar ao seu destino. Na verdade, o viajante faz parte de uma quadrilha de ladrões de carros, comandada por Emilio, morador da cidade. 

Emilio vai até a oficina para recuperar o carro e é atendido por Rosa. Esse encontro representa a virada da trama: os dois foram noivos no passado, separaram-se devido a uma longa viagem de Emilio. Rosa resiste aos assédios que passa a sofrer de Emílio, que não aceita uma nova separação, chegando ao ponto de chantagear a mulher. 

A narrativa apresenta viradas, encaminhando a trama para a tragédia anunciada entre Guglielmo e Rosa. O apoio em narrativa de gênero, com viradas que deixam o espectador com o coração nas mãos, afinal, estamos falando de melodrama, demonstra outra forte característica da cinematografia italiana: roteiros bem construídos, saídos de uma verdadeira escola de roteiristas, reconhecida mundialmente. 

Mulher tentada (Catene, Itália, 1949), de Raffaello Matarazzo. Com Amedeo Nazzari (Guglielmo Aniello), Yvonne Sanson (Rosa), Aldo Nicodemi (Emilio). Teresa Franchini (Anna Aniello), Gianfranco Magalotti (Tonino Aniello).

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