
O livro As cariocas, de Stanislaw Ponte Preta (pseudônimo de Sérgio Porto), contém seis histórias centradas no ambiente urbano do Rio de Janeiro, abordando o cotidiano de mulheres com o tradicional humor do autor. Para o filme de 1966, foram adaptadas três contos da obra: A noiva do catete, A desinibida do Grajaú e A grã-fina de Copacabana.
Os diretores mantiveram o tom ácido de Sérgio Porto, tratando com ousadia as peripécias de Paula, Júlia e Marlene. As três se envolvem em festas da alta sociedade, planejam golpes contra homens ricos, não se furtam a casos infiéis. A direção de fotografia da película segue princípios do cinema dos anos 60 no Brasil, tratando as locações reais com estética realista. É o retrato de personagens da classe média urbana do Rio de Janeiro, transitando pelas ruas, bares, praias e apartamentos da zona sul.
As cariocas (Brasil, 1966), de Fernando de Barros, Roberto Santos, Walter Hugo Khouri. Com Norma Bengell (Paula), Jacqueline Myrna (Júlia), Íris Bruzzi (Marlene), John Herbert (Cid), Walter Forster (Téo).