
O banqueiro suíço Yvan de Viel chega na Argentina, em 1980. Os argentinos ainda comemoram a conquista da copa do mundo de futebol de 1978. Mas Yvan vai transitar, durante a narrativa, por lugares mais discretos, onde não se vislumbram ecos das ruas das cidades: campos de golfes, hipódromos, mansões, os redutos dos milionários que fazem transações escusas com banqueiros suíços.
Azor é o filme de estreia do cineasta Andreas Fontana. Sua câmera retrata esse mundo glamouroso e fascinante da elite corrupta e corruptora, distante da sociedade reprimida pelo regime militar, pelas atrocidades praticadas nos porões da ditadura, pela luta diária de pessoas em busca da liberdade. O protagonista transita por esses redutos tentando provar a si mesmo que é capaz de penetrar e também se aproveitar, afinal, o mundo das altas finanças é dominado pelas raposas.
Azor (Suíça, 2021), de Andreas Fontana. Com Fabrizio Rongione (Yvan de Viel), Stéphanie Cléau (Inés de Wiel), Carmen Iriondo (Viuda Lacrosteguy), Juan Trench (Augusto), Juan Pablo Geretto (Dekerman).